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Carlito Carvalhosa +

"noc noc" (cód. 3289)

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  • Escultura
  • Data 2015
  • Técnica resina mármore
  • Dimensões ( A x L x P) 20 x 23 x 46 cm ( A x L x P) 17 x 20 x 33 cm
  • Edição 10 + 2PA
Antigos postes de madeira são elementos bastante explorados pelo artista em sua produção mais recente, como nas instalações "Sala de espera" (2013) e "Possibility Matters" (2014). Nelas, eles fazem referência a uma natureza explorada, dominada, que é transformada pelo homem para levar luz e abrigo, mas que ao perder sua função mantém o interesse por sua verticalidade, textura, cor, cheiro. Se nas obras pontuadas acima os troncos ganham o espaço interior e se mostram por inteiro, desafiando ainda as relações de peso e medida, aqui, os elementos se distanciam desta ideia: eles tocam a parede, cruzam-na, se mostram em partes, e são leves, pontuais. O que há para além destes tocos? Que caminhos seguem? Além disso, as duas peças que compõem a obra fazem alusão à madeira por sua forma e textura de superfície, porém, elas são realizadas com resina e pó de mármore. Um jogo de materiais, de natural e artificial, que potencializa ainda mais os possíveis caminhos a serem tomados pela imaginação do espectador. Uma natureza morta poética e potencialmente criadora. O artista escreve sobre o trabalho: “lembro-me de viajar de carro ao longo das florestas de eucalipto, o batimento das linhas de árvore e dos vazios. Vendo somente o claro das ruas e o escuro dos troncos pensava num filme vazio: aquele momento no começo do rolo em que o filme ainda não havia começado. Filme só filme. A floresta estava e não estava lá. Frutos, flores e verduras em um vaso, em uma mesa. Já estiveram na natureza, estão ali arranjados, ponte entre a estranha natureza e a comida. Alguém os colocou lá (mas não vemos quem). Dois batimentos: a matéria deve existir ali, mas está suspensa. Vai ser comida, vai estragar. Floresta, tronco, árvore, poste, toco. Um toco de madeira - aspargo gigante - surge da parede, mas não há madeira ali. O que resta é o que guardou a madeira. Fantasma. Natureza morta.” Este trabalho é numerado, assinado e vem acompanhado de certificado de autenticidade.

Mais obras deste artista

Carlito Carvalhosa

São Paulo (SP), 1961 | São Paulo (SP), 2021


Carlito Carvalhosa, com instalações, esculturas e pinturas, proporciona maneiras inusitadas de transitar pelos espaços da arte contemporânea.

A participação no Grupo Casa 7 marca o início da carreira do artista. Na ocasião, Carvalhosa trabalhava principalmente com a pintura. Suas pinturas daquele período eram feitas com cera, pigmentos e tinta óleo, sempre em grandes formatos. A partir dos anos 1990, o artista volta-se para a produção de trabalhos tridimensionais em gesso, porcelana e cera, além da pintura. Carvalhosa também produz instalações, que se tornaram mais presentes na obra a partir dos anos 2000. Em Regra de dois, ocupa a casa Eva Klabin, no Rio de Janeiro, com móveis suspensos por copos e luzes fluorescentes; já em A soma dos dias, apresentada na Pinacoteca de São Paulo, cria uma instalação composta de tecido, alumínio, lâmpadas e um programa de performances que contou com duas participações de Philip Glass, entre outros músicos; no Palácio da Aclamação, na Bahia, suspende uma árvore no vão principal e ocupa todo o edifício com a obra intitulada Roteiro. No espaço SOSO+, ocupa um salão comercial no centro de São Paulo com lâmpadas fluorescentes; na Casa de Cultura Laura Alvim, cria uma instalação onde convivem pinturas sobre espelho, tecido, pontaletes de madeira e trabalhos em alumínio, formando uma reflexão sobre a paisagem e a memória.

Em 2011, Carlito ocupou o segundo andar do MoMa em Nova York com a instalação sonora "Sum of Days", onde o espectador percorre um labirinto branco ao som de vários microfones presos ao teto. Cada dia um microfone "recita" um poema novo, deixando o poema do dia anterior baixo, como se fosse um sussurro. Esta imerssão num túnel arquitetonico regado a vozes nos remete a imaterialidade da passagem do tempo.

Contaram com suas obras as 2ª e 11ª edições da Bienal de Havana, a 18ª Bienal de São Paulo, as 3ª e 7ª edições da Bienal do Mercosul. Seus trabalhos estão presentes nas coleções do MAM – Museu de Arte Moderna e MAC – Museu de Arte Contemporânea, e na Pinacoteca do Estado, todos em São Paulo; no MAM – Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e da Bahia; no Museu de Arte Contemporânea de Niterói; no Itamaraty; na coleção da Funarte; além de coleções particulares em todo o mundo. Realizou importantes mostras individuais no MAM do Rio de Janeiro, em 2006; no MAM de São Paulo e no MAM da Bahia, em 2008; no Palácio da Aclamação, em 2010; na Pinacoteca do Estado de São Paulo, em 2010; no MAC , em São Paulo, em 2013; no Museum of Modern Art – MoMA, de Nova York, em 2011, dentre outras. Recentemente, contou com individuais em instituições nacionais e internacionais, na Bulb end, St. Moritz Art Masters, Saint Moritz, Switzerland (2012); na Shift Sonnabend Gallery, New York, USA (2012); na Sonnabend Gallery, New York, USA (2014).

De acordo com Marta Mestre, o que interessa ao artista é “a relação entre o espaço e o ato de construir. Mobilizada pelo artista, a construção é um processo de reordenação do mundo que temos pela frente, é sustentação do caos e, portanto, atividade de diferenciação em face da natureza”. E acrescenta que “percorre seu trabalho um pensamento da escultura como construção, gesto de adição e de subtração ao vazio”.

Galerias representantes

Galeria Nara Roesler, São Paulo

Silvia Cintra + Box 4, Rio de Janeiro

Destaques da carreira

Carlito Carvalhosa

  • Instalação Instalação "Sum of days" | Museum of Modern Art - MoMA, NY. A segunda mais visitada exposição de NY em 2011.
  • Em Em "Regra de dois", o artista usou 204 lâmpadas fluorescentes e 300 copos de vidro, entre outros materiais, interferindo nos espaços da Casa Eva Klabin, RJ.
  • "Sala de espera: megainstalação" no MAC-USP com mais de 70 postes de madeira ocupando 2000m2 . A obra inaugurou o novo espaço do museu em março de 2013.
  • Vista da instalação Vista da instalação "Já estava assim quando eu cheguei", 2006, no MAM - Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
Vista da instalação
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