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Felipe Cohen +

"Chão ou Vão" (cód. 1203)

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  • Escultura
  • Data 2013
  • Técnica madeira pinho, mdf, acrílico e laminado melamínico
  • Dimensões (A x L x P) 36 x 48 x 3 cm
  • Edição 15
"A partir de jogos de madeira como “Tangram” e outros que via frequentemente expostos na sala do marceneiro com quem trabalho, comecei a pensar na possibilidade de explorar a ideia de colagens não definitivas. A partir dessa vontade central desenvolvi a estrutura desse objeto/jogo utilizando uma malha geométrica formada por 140 triângulos de mdf de dimensões iguais revestidos por fórmica dos dois lados, mas divididos em três tonalidades: uma mais luminosa, próxima a cor branca e as outras duas em tons de cinza, um mais claro e outro quase preto. O suficiente para tornar possível elaborar dentro dessa malha geométrica desenhos que sugerissem profundidade. As imagens encontradas por mim pela combinação dessas peças são paisagens abissais que sugerem buracos e vãos a partir da relação das peças mais claras com as escuras. Essas peças são encaixadas num estojo de madeira com uma tampa móvel de acrílico, o que possibilita também a montagem desse jogo na parede, numa alusão direta à moldura." Felipe Cohen A edição acompanha certificado numerado e assinado pelo artista.

Mais obras deste artista

Felipe Cohen

São Paulo (SP), 1976 | Vive e trabalha em São Paulo (SP), Brasil.

Objetos, colagens e vídeos fazem parte do universo artístico de Felipe Cohen, mas é principalmente a investigação do volume que marca a trajetória do artista. Formado em desenho e escultura pela Faap (em 2000), teve já em 2001 sua primeira exposição individual no Centro Cultural São Paulo (Programa de Exposições). Apresentou seu trabalho na Capela do Morumbi, no Centro Universitário Maria Antonia, na Feira Internacional de Arte de Madrid, ARCO, (Solo Projects), e participou de coletivas importantes como a 8ª Bienal do Mercosul. Recebeu o prêmio da Fiat Mostra Brasil, em 2006, e sua obra faz parte do acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo e do Museu de Arte Moderna de São Paulo.

Felipe Cohen investiga a construção do espaço a partir das formas puras e perfeitamente arranjadas. As partes possuem um encaixe preciso, mesmo quando simplesmente apoiadas. Seu desenho é limpo, exato e volumétrico. Mesmo quando trabalha com o bidimensional, como em suas paisagens geométricas, a profundidade é destacada, fazendo com que essas colagens pareçam de fato pilhas de pequenos fragmentos amontados em diferentes alturas.

É muito comum em seu trabalho a utilização de elementos do cotidiano, como taças, lâmpadas e pregadores, e o que nos chama a atenção é que Felipe mantém suas escalas. Segundo Douglas de Freitas, o artista "…normalmente trabalha a escala do utensílio"1. É como se a ideia fosse materializada a partir de um objeto existente e daí em diante houvesse a intervenção. Isso fica claro quando vemos "Catedral" (2009), obra composta por um pregador de madeira e uma peça de mármore perfeitamente encaixada. Essa não somente o apoia, mas nos faz reparar em todo seu desenho e na força da elevação de nosso olhar, como é desejado nas catedrais em geral. Nota-se também outro aspecto importante do trabalho de Felipe: a mistura de materiais de nobrezas diferentes, usados sempre de forma clara. Não há qualquer revestimento. No universo da arquitetura, diria-se que o artista busca a verdade do material. Felipe aproxima o mármore e o plástico em "Land Escape #7" (2013), o feltro e o basalto, em "Feltro #3", da série Meio dia, (2010) e a madeira e a folha de ouro, em "Ícone caixa #1" (2012). As uniões são geralmente inusitadas, mas fazem todo o sentido quando bem analisamos o que nos é dado ao olhar.

Difícil não reparar na importância do título nas obras do artista. As palavras são cuidadosamente escolhidas e muito dizem sobre as ideias ali contidas. Em "Chão ou Vão" (2013), Felipe diz:  "Aliás, o título “Chão ou Vão” surgiu da constatação desse jogo visual ter como finalidade a busca por paisagens que sugerem aberturas, quedas e tramas vertiginosas. A partir daí, o que me agradou especialmente foi a percepção de uma relação paradoxal entre o “objetivo” do jogo e suas características formais. No processo de construção dessas imagens colocar uma peça pode significa abrir espaço e não simplesmente preencher os limites encontrando a peça certa para o espaço que faltava." (Descritivo sobre a obra "Chão ou Vão").

Os objetos de Felipe Cohen são como centelhas que irradiam uma luz que nos leva ao longe. São como filmes que parecem expor naqueles minutos tudo de maneira inteligível, filmes em que o título e seu conteúdo parecem fazer total sentido, mas que de tempos em tempos nos pegamos pensando neles e os relacionando com diversas situações vividas.  

Jacopo Criveli ressalta com brilhantismo importantes características do trabalho de Felipe Cohen: "… é justo na transcendência das pequenas coisas que habitam a obra de Felipe Cohen, na simplicidade com que elementos, que nossa experiência nos diz que deveriam ser ordinários e banais, revelam-se carregados de uma importância surpreendente, que reside o âmago da sua poética. E a maneira como o artista nos proporciona essa epifania é o que a torna duradoura, o que faz dela uma descoberta que podemos carregar para muito além dos limites do espaço expositivo…"2.

 

1. Texto Todo dia a mesma hora, de Douglas de Freitas, sobre a instalação Poente, na Capela do Morumbi. Fonte: http://www.museudacidade.sp.gov.br/exposicoes-expo.php?id=108

2. VISCONTI, Jacopo Crivelli. A Transcendências das pequenas coisas. Fonte: http://www.galeriamillan.com.br/pt-BR/texto-critico/33

Galerias representantes

Galeria Millan, São Paulo

Destaques da carreira

Felipe Cohen

  • Instalação Instalação "Poente" | 2013 | Capela do Morumbi, São Paulo, SP
  • "Lapso" | 2013 | Galeria Millan, São Paulo, SP
  • "Lapso" | 2013 | Galeria Millan, São Paulo, SP
  • Instalação “Luz caída Instalação “Luz caída" | 2011 | 8ª Bienal do Mercosul
Instalação “Luz caída
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